JESUS NA ÉPOCA DO IMPÉRIO ROMANO

Autor - Carlos André Costa

Resumo
O presente artigo visa a uma análise das profecias bíblicas com questão à expectativa da chegada de Jesus, e isso em um contexto religioso muito forte já existente por parte dos fariseus e dos doutores da lei, relacionando a isso a questão do Império Romano que dominava essa região onde habitavam os judeus, que tinham a liberdade de culto, mas pagavam impostos ao Império Romano. Dentro dessa perspectiva que será feita toda a abordagem deste artigo que será sobre a chegada do Cristo que surge da linhagem de Davi na esperança de trazer a libertação do povo judeu, mas também sobre Roma que acabará por juntamente com os judeus a executar o plano que as próprias profecias já anunciavam sobre o tipo de morte que Jesus sofreria, sendo assim crucificado em uma cruz pelos romanos.
Palavras-chave: Jesus, profecias, império romano, cristãos.













“Se você crê somente no que gosta do Evangelho e rejeita o que não gosta, não é no Evangelho que você crê, mas, em si mesmo”.
Agostinho
1. Introdução
A pessoa de Jesus marcou a história, pois toda a narrativa bíblica, as profecias apontavam para alguém que nasceria e viria a implantar o seu reino como de fato Jesus já veio e muitos não o reconheceram como o messias. Os ensinamentos de Jesus, sua vida e exemplos deixados até nos dias hodiernos tem influenciado muitos, o Cristianismo perdurou durante o tempo do Império Romano, apesar de muitos cristãos terem sidos martirizados pelos imperadores, fica o exemplo de fé e coragem de homens e mulheres que deram suas vidas em razão de acreditar com todas as suas forças, que o Jesus que eles seguiam de fato era para eles o enviado de Deus, o esperado messias que já veio e retornará brevemente conforme as escrituras relatam no livro de Atos dos apóstolos 1.9,10, 11.

“Tendo dito isso, foi levado às alturas enquanto eles olhavam, e uma nuvem o encobriu da vista deles”. 10. E eles ficaram com os olhos fixos no céu enquanto ele subia. De repente surgiram diante deles dois homens vestidos de branco, 11 que lhes disseram: “Galileus, por que vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado aos céus, voltará da mesma forma como o viram subir”. (NVI, 2003, p.1850).

O Cristianismo tem em Jesus seu principal personagem e seus ensinamentos e mensagens de salvação e perdão por ele proclamados aos seus discípulos que são ensinados na atualidade. As sagradas Escrituras retratam Jesus como o personagem principal, desde o antigo testamento, a pessoa de Jesus se encontra por meios de tipos e figuras como o “Cordeiro Pascoal” e a expressão “Anjo do Senhor” para prova sua pré-existência.
O relato após a sua ressurreição ocorre no livro dos atos dos apóstolos que fala da ascensão de Cristo aos céus, ou seja, sua subida as alturas, se tornou um evento pela narrativa bíblica que faz parte dessa mensagem que explica que o Cristo retornará, mas agora de forma diferente e para julgar as nações Mt 23.39 (NVI, p. 1657).
O presente artigo visa expor os vários textos bíblicos analisando com outros relatos de historiadores e escritores que se aprofundaram em pesquisas e estudos para deixarem riquezas de detalhes sobre o assunto e as várias literaturas de autores diferentes na certeza que de fato todo o cenário onde Jesus viveu, morreu e após ter ressuscitado deu ordem aos seus discípulos para proclamarem a sua mensagem de salvação, aconteceu em um período de domínio da cultura, da religião e do poder político do Império Romano. Durante várias décadas por que não dizer séculos, os romanos perseguiram os seguidores de Jesus na tentativa de calar a mensagem do Nazareno que ameaçava por meio de seus ensinos toda a estrutura de governo do império pregando assim igualdade e rejeitando a cultura de escravidão, nesse ínterim o historiador Eusébio de Cesaréia no livro “História eclesiástica” retrata que desde a infância de Jesus até a sua morte ocorreu no período do poderio dos imperadores romanos como escrito:
“corria”, pois o ano 42 do reinado de Augusto e o vigésimo oitavo desde a submissão do Egito e da morte de Antônio e Cleópatra (com a qual se extinguiu a dinastia egípcia dos Ptolomeus), quando nosso Salvador e Senhor Jesus Cristo nasceu em Belém da Judéia, conforme as profecias a seu respeito, nos tempos do primeiro recenseamento e sendo Quirino governador da Síria. (CESARÉIA, 2002, p. 21).
A presença de Jesus no cenário do Império Romano é um fato histórico interessante para se pesquisar e partes da riqueza destes detalhes deixados se encontram na bíblia sagrada e outros em escritos de historiadores como Flávio Josefo, Eusébio de Cesaréia, e as cartas do apóstolo Paulo. O conhecimento das Escrituras Sagradas se torna essencial para poder entender o Cristianismo e a pessoa de Jesus e o próprio assunto desse artigo. O Senhor Jesus orientou para “examinarmos as Escrituras Sagradas se quiséssemos entender sua mensagem e conhecer ao Pai celeste” João 5.39 (NVI, p.1799).
O império romano se dividiu e acabou desaparecendo do cenário, o nome de Jesus e seus ensinamentos deixados por ele permanecem de pé, como profetizou o profeta Daniel nas Escrituras Sagradas sobre Jesus e seu reino que será um reino eterno Dn 7.27(NVI, p.1468). O título Jesus na época do império romano se torna interessante pelo fato que dentro da história antiga os romanos conquistaram cidades e possuíam um grande exército e isso relacionado a Jesus que veio trazer uma mensagem de libertação e salvação, e disse “que seu reino não era deste mundo, Evangelho de João” 18.36 (NVI, p.1831).[3]
2. Profecias bíblicas sobre a vinda do Messias
As profecias bíblicas em grande parte apontam para a vinda de um “messias”, alguém que viria para governar e implantar seu reino e trazer salvação ao seu povo. O profeta Isaías no antigo testamento é conhecido como profeta messiânico, pois as suas profecias diz respeito à vinda do messias prometido que viria trazer a libertação do seu povo. O tema das mensagens pregadas pelo profeta era “a salvação é de Yahweh, o profeta possuindo no nome o mesmo significado, foi chamado para proclamar esse tema, o próprio Isaías serviu como um tipo de messias” (GRONINGEN, 2003, p.514).
Nos relatos bíblicos temos outro termo relacionado a uma profecia sobre Jesus que é o filho da virgem que assim diz o relato bíblico de Isaías 7.14

“Por isso o Senhor mesmo lhes dará um sinal: a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamará Emanuel. 15 Ele comerá coalhada e mel até a idade em que saiba rejeitar o erro e escolher o que é certo. 16 Mas, antes que o menino saiba rejeitar o erro e escolher o que é certo, a terra dos dois reis que você teme ficará deserta”. (NVI, 2003, p.1148)

Essa profecia a respeito que o messias nasceria de uma virgem se cumpriu em (Mt 1.21 NVI, p.1615) ele recebe o nome de Jesus, ele é oficialmente o messias, e é chamado também de Emman ouêl (gr.) que significa “ Deus conosco”(GRONINGEN, 2003, p.514).
No evangelho de Mateus 1.23 (NVI, p.1615) se cumpre a profecia de Isaías com relação a virgem que daria à luz a um filho e esse fato aconteceu quando Maria concebeu a Jesus Cristo, recebendo a visita de um anjo que traria boas novas de salvação a respeito que ela havia achado graça diante de Deus e que o Espírito Santo a envolveria e se acharia grávida e que do seu ventre nasceria um filho o qual seria chamado Jesus e que ele salvaria o povo de seus pecados, de fato o texto bíblico relato que a virgem concebeu a luz quando se encontrava dada em casamento a um homem chamado José, na própria genealogia de Jesus se encontra escrito que ele é filho de Davi, ou seja, da linhagem real e seria o sucessor do trono como foi profetizado e que seu reino seria eterno Mt 1.1 (NVI p.1614).
A primeira promessa de que viria um Messias se encontra no texto bíblico quando no jardim do Edén é feita uma promessa do próprio Deus que nasceria um que esmagaria “a cabeça da serpente” Gn. 3.15 (NVI, p. 11), a semente de Abraão e o rei que viria dele Gn 12.2; cf. 21. 1-3 (NVI, p.26), o descendente real de Judá, o pacto feito com Davi 2 Sm 7.12-16 (NVI, p.482), e a pessoa e o reinado de Salomão 1 Rs 2-11; Sl 72 (NVI,p.955), esses capítulos e versículos citados fazem parte de conceitos messiânicos que foram revelados a gerações anteriores e estão reunidos numa passagem rápida pelo profeta Isaías.[4]
Em uma das citações bíblicas que se encontra sobre o relato de uma criança ou filho que estava para chegar é o descendente de Davi, nascido de uma virgem, Is. 7.14 (NVI, p.1148) explicando que “o Messias seria humano, mas também divino” (GRONINGEN, 2003, p.530). Seria um rei, eterno que reinaria com justiça e retidão, que traria luz, liberdade, alegria e paz. Sobre o messias o seu reinado incluiria o controle soberano das nações e juízo sobre todos aqueles que oprimissem o povo do pacto, ou seja, Israel.
O rei que estava para chegar seria messiânico, uma pessoa que ocuparia um trono, a partir do qual exerceria seu reinado. Por estas questões citadas que se percebe que os próprios judeus não entenderam a mensagem de Jesus que pregava o perdão aos inimigos, e que não era para resistir àquele que lhe oprimia e que se alguém tentasse levar a sua capa era para dar a túnica também conforme está escrito no Evangelho:

“Mateus 5.43- Vocês ouviram o que foi dito: “Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo”. 44. Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, 45 para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Por que ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos”. (NVI, 2003, p. 1626)

E isso em um contexto onde os judeus estavam sendo dominado pelo Império Romano a quem pagavam impostos. Eles rejeitaram a Jesus, pois esperavam um messias como Davi que fosse guerreiro, pois Davi derramou muito sangue em suas lutas por Israel. O que Jesus deixa claro é que ele é rei, mas o seu reino não é deste mundo, e o próprio Jesus pregava a vinda do reino de Deus e mandava que o povo se arrependesse, e que ele retornaria agora não mais para morrer e sim para julgar as nações e todos aqueles que o rejeitaram e não o confessaram o seu nome como o salvador e que também julgaria as nações com cetro de ferro.
Quando no cenário profético aparece João batista pregando no deserto da Judéia um batismo de arrependimento e dizendo que apareceria “um mais poderoso do que ele” Mt 3.11 (NVI, p.1619), e João Batista se considerava apenas “a voz do que clama no deserto preparando o caminho do messias” Mt3.3 (NVI,p.1618), as profecias de João se cumpriram em Jesus.
As escatologias dos textos apontam que as profecias sobre Jesus e seu reinado estava para chegar a um tempo diferente, realmente Jesus é o messias profetizado e não reconhecido, mas que futuramente será reconhecido como tal quando vier livrar o remanescente do povo Judeu na Grande Batalha do Vale do Megido quando as nações com seus exércitos e o próprio anticristo vierem destruir Jerusalém, então Cristo aparecerá e pisará no Monte das oliveiras que se fenderá, então eles reconhecerão como salvador do seu povo e todo olho o verá Joel ,3. (NVI, p.1506).
O messias esperado já veio e foi rejeitado pelo seu povo conforme os textos acima citados, mas o Senhor virá para salvar o seu povo, o remanescente de Israel, neste grande dia, ele mostrará a sua salvação e julgará as nações e o anticristo, a besta e o falso profeta Ap. 19.19 (NVI, p.2193).
3. A presença do Império Romano nos dias de Jesus
A presença do império Romano nos dias de Jesus é comprovada pelos relatos históricos e bíblicos, e no contexto da chegada de um messias esperado para trazer a libertação ao seu povo prefigurava um cenário onde os romanos haviam estabelecido seus domínios. O que fica evidente é que o personagem principal, de quem as profecias já falavam nasceria neste tempo, por isso o relato da presença dos romanos desde o nascimento de Jesus quando do reinado do imperador César Augusto, sendo Quirino governador da Síria, facilitaria a propagação da mensagem (CESARÉIA, p.21).
A aparição pública de Jesus para dar início ao seu ministério ocorre segundo os relatos bíblicos no Evangelho de Mateus Mt 4:12-17,(NVI, p.1621), após ser batizado por João batista, Jesus é levado para o deserto onde é tentado, e após ouvir que João batista tinha sido preso retorna para a Galiléia, saiu de sua cidade Nazaré e foi habitar em Carfarnaum que ficava perto do mar para cumprir a profecia de Isaías 9:

Contudo, não haverá mais escuridão para os que estavam aflitos. No passado ele humilhou a terra de Zebulom e Naftali, mas no futuro honrará a Galiléia dos gentios, o caminho do mar, junto ao Jordão. ² O povo que caminhava em trevas viu uma grande luz; sobre os que viviam na terra da morte raiou uma luz”. (NVI, 2003, p.1151).

O império Romano estava tão presente nos dias de Jesus que alguns relatos bíblicos confirmam esta afirmação, embora os escritores dos evangelhos não enfatizarem muito a questão dos romanos, pois o principal objetivo dos escritores bíblicos estava voltado para o ministério e obra de Jesus, ou seja, seus milagres e prodígios, seus ensinamentos sua vida morte e ressurreição. Um fato interessante na narrativa bíblica mostra como Jesus via os romanos, como também necessitados de salvação e perdão e do poder curador que emanava de sua vida, a bíblia relata quando sai ao seu encontro um oficial militar que era um centurião em busca de ajuda este relato se encontra no Evangelho de Mateus 8. 5-13 que escrito está:

“Entrando Jesus em Carfanaum, dirigiu-se a ele um centurião, pedindo-lhe ajuda. 6 E disse: “Senhor, meu servo está em casa, paralítico, em terrível sofrimento”. Jesus disse eu irei curá-lo.8 Respondeu o centurião Senhor, não mereço  receber-te debaixo do meu teto. Mas dize a penas uma palavra e o meu servo será curado.9 Pois eu também sou homem sujeito a autoridade e com soldados sob o meu comando. Digo a um: Vá, e ele vai; e a outro; Venha, e ele vem. Digo a meu servo: Faca isto, e ele faz.10 Ao ouvir isso Jesus admirou-se e disse aos que o seguiam: “Digo-lhes a verdade: Não encontrei em Israel ninguém com tamanha fé13 Então Jesus disse ao centurião: “ Vá! Como você creu, assim lhe acontecerá!” Na mesma hora o servo foi curado”. (NVI, 2003, p.1629).

Outro relato interessante nos Evangelhos da presença de Roma no contexto em que Jesus vivia é o relato bíblico da cura de um endemoninhado na cidade dos Gerasenos habitada por maioria de não judeus que cuidavam de porcos já que os judeus não criavam porcos. A presença deste fato acontece no relato quando o homem corre ao encontro de Jesus e se ajoelha diante dele, então o mestre pergunta o nome do homem, e os demônios falam na boca do homem endemoninhado que era “legião”, esse termo corresponde a legião romana de soldados que é composta de seis mil soldados, só que eles falam  que eram muitos, e acabam implorando para Jesus não os mandar para o abismo e pedem autorização para Jesus para que possam entrar nos porcos então ele os permite e acabam entrando nos porcos que morrem afogados no rio próximo do local conforme registrado em Marcos 5: 1-20 (NVI, p.1683), isso mostra na própria linguagem local dos termos usados a presença dos romanos em todas as províncias do tempo de Cristo.
Outro relato relevante para comprovar a presença dos romanos neste período consta quando os fariseus queriam encontrar alguma falta em Jesus para ter de que o acusar então segundo o que é relatado no Evangelho de Marcos 12.13-17 que escrito está:

Os fariseus e herodianos se aproximaram de Jesus e disseram: “Mestre sabemos que és íntegro e que não te deixas influenciar por ninguém, por que não te prendes à aparência dos homens, mas ensinas o caminho de Deus conforme a verdade”. É certo pagar imposto a César ou não? 15 Devemos pagar ou não? ”16 Eles trouxeram a moeda, e ele lhes perguntou” De quem é esta imagem e esta inscrição? ”De César,“ responderam eles. 17 Então Jesus lhes disse: Dêem a César o que é de César e a deus o que é de Deus”. E ficaram admirados com “ele”. (NVI, 2003, p.1703).

Com o relato desta passagem acima citada fica comprovado que os judeus estavam debaixo do domínio dos romanos e que a imagem da moeda de César representava o poder político e econômico de Roma que envolvia a vida dos judeus da época de Jesus, e que a esperança de uma libertação era aguardada por eles.
A comprovação principal da presença dos romanos foi o fato de Cristo ter morrido em uma cruz e quem executou a sentença de morte vicária foram os romanos no reinado do imperador Tibério César e também a figura de Pilatos que era governador da província, conforme o relato bíblico dos quatro evangelhos. A morte de uma pessoa em uma cruz simbolizava que se tratava de um criminoso perigoso ou alguém acusado de insurreição contra o Estado romano, ou seja, traidor da nação, e era tido como um dos castigos mais desonrosos do mundo antigo (BLOMBERG, p.451).
4. Os romanos e a crucificação de Jesus Cristo
Segundos os relatos bíblicos Jesus foi injustamente acusado, pois as autoridades religiosas da época que entre os grupos se encontravam os zelotes, essênios, saduceus e fariseus se juntaram pois tinham inveja de Jesus por ter conseguido atrair milhares de seguidores e também por que operava os milagres no sábado, que segundo os fariseus era violado o dia do descanso segundo a lei de Moisés.
As profecias bíblicas principalmente do livro do profeta Isaías explica o tipo de humilhação pelo qual Jesus deveria passar, tendo assim uma morte vicária conforme relata Isaías 53:

“²Ele cresceu diante dele como um broto tenro, e como uma raiz saída de uma terra seca. Ele não tinha qualquer beleza ou majestade que nos atraísse, nada havia em sua aparência para que o desejássemos. 3 Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de dores e experimentado no sofrimento. Como alguém de quem os homens escondem o rosto, foi desprezado, e nós não o tínhamos em estima. 4 Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças; contudo nós o consideramos  castigado por Deus, por Deus atingido e afligido.5 Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele e pelas suas feridas fomos curados”. (NVI, 2003, p. 1223).

A aparência desfigurada vista pelo profeta é a imagem de Jesus na cruz, logo após ter sido açoitado e seu corpo todo ensanguentado pelas feridas abertas pelo chicote do carrasco romano.
A crucificação de Cristo foi executada pelos romanos e esse tipo de condenação era uma das piores, pois somente criminosos de alta periculosidade e os que eram considerados traidores da nação eram condenados a morrer em uma cruz. No Evangelho de João 18.31 (NVI, p.1831), vai nos esclarecer o motivo do Sinédrio levar o caso até as autoridades romanas. Estando debaixo da autoridade de Roma as autoridades religiosas não possuíam o direito de aplicar uma sentença de morte, como Jesus era considerado o Messias prometido e dizendo ser o cumprimento das profecias dos profetas do antigo testamento, ou seja um novo rei terreno que aos olhos de Roma era uma acusação muito grave pois os Imperadores romanos eram venerados e tidos como divinos, esta foi a artimanha do Sinédrio em levar o caso de Jesus diante de Pôncio Pilatos que era o governador da província no caso em questão. Diante de Pôncio Pilatos Jesus permanece calado como fez diante do Sinédrio segundo Mc 15.2, (NVI, p.1712).
“Em nenhum dos quatros evangelho o governador Pilatos é convencido de que Jesus tenha feito alguma coisa que merecesse a morte” (BLOMBERG, 2009, p.450), no evangelho de Lucas, destaca o contexto de Jesus como sofredor inocente, Lc 23.4, 13-16, 22,(NVI, p.1778) só no evangelho de Lucas é narrado o fato de Pôncio Pilatos despachar Jesus para Herodes Antipas, onde este se encontrava em uma cidade da Galiléia para a festa da Páscoa, isso Pilatos esperava que Herodes Antipas resolvesse o caso livrando-se desse problema pois ele não via em Jesus nenhum motivo para condená-lo e sabendo que foi por inveja que as autoridades religiosas judaicas entregaram Jesus para que fosse morto conforme o Evangelho de Lucas 23:

“Então toda a assembleia levantou-se e o levou a Pilatos. “² E começaram a acusá-lo, dizendo: Encontramos este homem subvertendo a nossa nação. Ele proíbe o pagamento de impostos a César” e se declara ele próprio o Cristo, um rei.³ Pilatos perguntou a Jesus: “Você é o rei dos judeus?”.Tu o dizes, respondeu Jesus. 4. Então Pilatos disse aos chefes dos sacerdotes e à multidão: “Não encontro motivo para acusar este homem”. 5. Mas eles insistiam: “Ele está subvertendo o povo em toda a Judéia com os seus ensinamentos. Começou na Galiléia “e chegou até aqui”.6. Ouvindo isso, Pilatos perguntou se Jesus era Galileu. 7. “Quando ficou sabendo que ele era da jurisdição de Herodes, enviou até ele, pois estava em Jerusalém naqueles dias”. (NVI, 2003, p.1778).

O relato bíblico da crucificação de Jesus acontece nos quatro Evangelhos, mas primeiramente o condenado era submetido a dezenas de chicotadas pelo chamado “azorrague; que era o carrasco romano, muitos não resistiam a esse tipo de castigo e morriam durante as chicotadas. Pilatos manda trazer Jesus diante do povo para dizer que não havia motivo para condená-lo, e isso ocorre por duas vezes, porém as multidões juntamente com os líderes religiosos gritam para que o mandem crucificá-lo. Diante disso em sua última tentativa Pilatos tenta inocentar Jesus das acusações trazendo um inimigo do povo conhecido como Barrabás que era homicida e tinha causado uma insurreição e nessa revolta matou alguns de seus oponentes; mas mesmo assim a multidão aos gritos pede que Jesus seja crucificado. Mt 27 (NVI, p.1668).
Diante deste fato Pilatos tendo o poder em suas mãos, mas temendo a multidão e a César e certamente as acusações de que Jesus dizia ser um novo rei; acaba lavando suas mãos diante do povo e entrega Jesus para ser crucificado.
Após a crucificação e morte de Jesus, o seu corpo é entregue a José de Arimatéia que era um homem de posses e respeitado por sua posição diante do povo, ele faz como a tradição judaica, enrola o corpo de Cristo em meio aos lençóis e o colocam em uma sepultura feita nas rochas, que era o costume da época Lc 23.50 (NVI, p.1780). Nos relatos bíblicos Jesus ressuscita ao terceiro dia em um domingo. A repercussão sobre a ressurreição de Jesus causou alvoroço logo após saber que o corpo de Jesus não estava mais no sepulcro, os chefes dos sacerdotes se reuniram juntamente com os líderes religiosos subornaram os guardas que vigiavam o sepulcro para falarem que a noite enquanto eles dormiam vieram os discípulos e levou o corpo de Jesus, esse relato se divulgou no meio povo até o tempo em que os relatos bíblicos foram escritos conforme Mt 28.11-15 (NVI, p. 1670).
O escritor e historiador Eusébio de Cesaréia relato em seu livro “História eclesiástica” um fato interessante sobre Tibério César que na época era o imperador de Roma dizendo o seguinte:

“A fama da assombrosa ressurreição de nosso Salvador e de sua ascensão aos céus já havia alcançado a grande maioria. Havia sido imposto aos governadores  das nações o antigo costume de informar ao ocupante do cargo imperial de todas as novidades ocorridas em suas regiões, para que nada escapasse do seu conhecimento. Pilatos portanto informou ao imperador Tibério sobre tudo o que  corria de boca em boca por toda a palestina sobre a ressurreição de nosso Salvador Jesus dentre os mortos.Informou também de seus outros milagres e de que o povo já acreditava que ele era Deus, por que depois de sua morte ressuscitou de entre os mortos”. (CESARÉIA, 2002, p. 34).

No livro bíblico histórico de atos dos apóstolos inicia a narrativa de Lucas sobre a Ascensão de Jesus aos céus e sobre a grande comissão deixada por Jesus para os seus discípulos anunciarem a mensagem do Evangelho e também sobre as provas incontestáveis de que ele estava vivo, apareceu-lhes por um período de quarenta dias conforme em At. 13 (NVI, p1850).
A aparição de Jesus nos relatos bíblicos após a sua morte, indicando que ele havia ressuscitado de entre os mortos para não mais morrer, de fato pelos relatos da bíblia; Jesus ressuscita em forma corpórea, ou seja, ele não era um espírito vagando como alguns acreditam por ai, mas que o próprio Cristo ao se apresentar aos seus discípulos diz que ele mesmo não é um espírito ou fantasma quando diz para Tomé tocar-lhe as mãos e por a mão no seu lado, onde foi perfurado pelos pregos pontiagudos na hora da crucificação e quando seu lado foi perfurado por uma lança, conforme relatos no Evangelho de Lucas 24.36-53:

“Vejam as minhas mãos e os meus pés. Sou eu mesmo! Toquem-me e vejam um espírito não tem carne nem ossos, como vocês estão vendo que eu tenho”. 40 Tendo dito isto mostrou-lhe as mãos e os pés. 41 E por não crerem ainda, tão cheios estavam de alegria e de espanto, ele lhes perguntou: “Vocês têm aqui algo para comer?” 42 Deram-”lhe um pedaço de peixe assado, 43 e ele o comeu na presença deles”. (NVI, 2003, p. 1782).

Esses homens deram a sua vida por amor a pregação do Evangelho de Jesus, e com certeza alguém ser martirizado e presenciar tão grandes milagres de Jesus, ter andado, convivido, falado, tocado e ser íntimo dele, e ter ao mesmo tempo presenciado a sua ressurreição fizeram que sua mensagem de Boas Novas de salvação fosse pregada dentro do império romano, e isso arriscando suas vidas, muitos foram prisioneiros por causa do Evangelho. O apóstolo Paulo declara que viu a Jesus no caminho de Damasco quando ele havia decidido prender todos os cristãos e acabar com a seita “os do Caminho” como eram chamados aqueles que seguiam a Jesus, Atos 9.1-19(NVI, p.1868). Outro relato sobre Jesus quem testemunha é o apóstolo João conhecido como o apóstolo do amor, no livro de Apocalipse, ele recebe uma visão de Jesus sobre os últimos acontecimentos antes do juízo final quando se encontrava preso na ilha de Patmos por causa da pregação do Evangelho e fora lançado ali para ser devorado pelas feras. Ap. 1.9-19 (NVI, p.2169).
5. Perseguição dos imperadores romanos aos seguidores de Jesus
Nos tempos que Jesus pregava e ensinava proclamando a vinda do reino dos céus, ele já alertava dizendo para o povo se arrepender e que era “chegado o reino de Deus” Mt 4.17 (NVI, p. 1621) e que a cidade seria destruída e este fato está registrado nas Escrituras Sagradas, ele conversando com seus discípulos a respeito dos fins do tempos, Jesus é interrogado sobre este período. Este fato ocorre no ano 70 D.C quando o general Tito filho do Imperador de então Vespasiano, cerca Jerusalém com suas tropas e destrói a cidade e leva milhares de judeus como escravos, sendo que Jesus profetizou este acontecimento dizendo que não ficaria “pedra sobre pedra” do templo que os judeus adoravam como sendo sagrados, muitos cristãos escaparam fugindo para uma cidade chamada Pella localizado no Vale do Jordão, pois acreditaram nas palavras de Jesus segundo os relatos da bíblia que está escrito em Mateus no capítulo 24.

“15 Assim, quando vocês virem o sacrilégio terrível,” do qual falou o profeta Daniel no lugar Santo- quem lê entenda-16 então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes. 17 Quem estiver no telhado de sua casa não desça para tirar dela coisa alguma. 18 Quem estiver no campo não volte, para pegar seu manto. 19 Como serão terríveis aqueles dias para as grávidas e para aquelas que estiverem amamentando! 20. “Orem para que a fuga de vocês não aconteça no inverno nem no sábado”. (NVI, 2003, p.1658).

As profecias de Jesus se cumpriram literalmente e esse fato histórico e bíblico entende-se quando se observa as riquezas de detalhes e pelo fato dos cristãos terem escapado desta investida dos romanos de forma milagrosa.
Em seu livro “História da igreja cristã” o escritor Jesse Lyman cita seis fases das perseguições imperiais fazendo também os registros dos mártires de cada período dos imperadores que estavam no poder de Roma, de Trajano até o edito de Constantino em 313 (LYMAN, p. 57).
Em seu livro “História do Cristianismo”, os autores A. Knight e W. Anglin relatam dez perseguições gerais dos imperadores romanos aos seguidores de Jesus, em seu sexto capítulo do livro retrata sobre o quarto século da Era cristã (306-375) onde Constantino declara o Cristianismo religião oficial do Império Romano dando assim fim às perseguições aos seguidores de Jesus (KNIGHT e ANGLIN, p.53).
As perseguições por parte dos imperadores se iniciou com o Imperador Nero, que foi um dos primeiros a decretar perseguição acirrada contra os seguidores de Jesus, e isso também ocorreu quando Nero acusou de forma leviana os cristãos de terem posto fogo em Roma, e um dos historiadores romano conhecido como Tácito assim descreve em seu relato um fato de tremenda crueldade no período deste imperador:

“Alguns foram vestidos com peles de animais ferozes, e perseguidos por cães até serem mortos; outros foram crucificados; outros envolvidos em panos alcatroados, e depois incendiados ao pôr do sol, para que pudessem servir de luzes para iluminar a cidade durante a noite”. (KNIGHT e ANGLIN, história do Cristianismo, 2005).

Os romanos tiveram “tolerância a outras religiões, mas em relação aos cristãos o motivo também envolvia questões políticas” (FUNARI, 2011, p.130), pois a pregação consistia em estabelecer igualdade na comunhão e ofícios dentro da comunidade cristã, e até mesmo escravos participavam dos cultos em pé de igualdade com seus senhores o que não era visto com bons olhos pelos romanos. Dentro desta perspectiva podemos assim compreender a situação que passava os cristãos nesta época, pois muitos pensamentos e até mesmo boatos eram espalhados com relação à conduta dos cristãos que pela visão dos romanos, faziam parte de uma seita e que eram tidos por ateus e até mesmo acusados de praticarem crimes, pois se reuniam em locais escondidos e quando descobertos não aceitavam negar sua fé e nem mesmo prestar adoração aos deuses adorados pelos romanos que eram tidos como sagrados e isso fica claro quando assim no seguinte trecho do livro Grécia e Roma:

“Os cristãos realizavam seus cultos secretos, viviam em pequenos grupos e foram, nos primeiros tempos, tomados por bruxos e feiticeiros, na medida em que recusavam mostrar respeito pelos deuses romanos. Além disso, os cristãos, monoteístas, não reconheciam a divindade do imperador e não aceitavam o culto a ele e ao estado, sendo considerada uma ameaça à segurança do Estado romano”. (FUNARI, 2011, p.130).

No seu livro “As catacumbas de Roma” o escritor Benjamin Scott relata como eram os locais onde os cristãos se reuniam secretamente para cultuar e participar dos momentos de comunhão com outros cristãos, isso ele analisa também pelos vários vestígios que foram encontrados nas galerias e também nas inscrições nas paredes e nos túmulos de muitos que morreram e sua lápides continham mensagens sobre este tempo de perseguição dos romanos aos cristãos, um relato importante diz respeito ao símbolo que os cristãos utilizavam para se comunicar e para saber se alguém era seguidor de Jesus nesse tempo de terrível perseguição dos romanos;

“Era necessário que procurasse algum símbolo que os habilitasse a exprimir a sua crença e que fosse ao mesmo tempo ininteligível para os seus perseguidores. Daí nasceu o uso de dois símbolos: um chamado “o Peixe e outro o Monograma”, composto de mais de uma letra. Crê-se agora que o símbolo do Peixe entrou primeiro em uso e que o Monograma foi adotado depois pelo imperador Constantino”. (SCOTT, 1996, p.100).

“Quando se relata sobre o martírio dos cristãos um cenário se mostra o mais completo desta época para retratar essas perseguições aos seguidores de Jesus, que é conhecido como o “Coliseu”, no livro” Os mártires do Coliseu de O`Reilly, A.J relata como ocorriam as mortes dos cristãos e todas as cenas de horrores que ocorriam dentro das arenas e também a reação do público que ficava extasiado diante do sangue derramado nesses jogos que foi o local onde milhares de pessoas perderam a vida (A.J, p. 14), outro relato terrível das torturas que os cristãos desta época sofriam está relacionado aos instrumentos utilizados para punir os cristãos segundo o autor A.J O`reilly em seu livro sobre Os mártires do coliseu está escrito:

“O touro de bronze era um terrível instrumento de tortura empregado na perseguição aos cristãos”. Diversas pessoas podiam ser postas ao mesmo tempo em seu ventre oco, e quando o fogo era posto sobre ele tornava-se um forno, e. Não “é difícil imaginar a excruciante tortura que o fogo lento devia causar às vítimas vivas”. (A.J, 2005, p.62).

[8]6. Conclusão
Após quase três séculos de perseguições aos cristãos por parte dos imperadores romanos por causa do nome de Jesus e por causa da fé nos seus ensinamentos deixados, muitos mártires cristãos deram a sua vida pelo amor e por acreditarem na mensagem de Cristo e por aguardarem uma vida eterna que também era a mensagem dos cristãos, pois nos próprios relatos dos mártires do Coliseu; eles partiram dessa vida de forma abrupta e violenta quando dentro das arenas seus corpos foram dilacerados pelos leões e cortados pelo fio da espada, mas mesmo na hora de grande aflição partiam de forma serena, cantavam, louvavam e até oravam antes da morte.
No livro Os mártires do Coliseu retratam como homens e mulheres e até mesmo crianças deram a vida por crerem realmente que estavam cumprindo a vontade de Jesus, pois quando eram ameaçados para negarem a Cristo e assim receberem o perdão do Imperador, não hesitavam em dizer que poderiam ser jogadas as feras, mas não adoravam outros deuses.
O cristianismo depois de oficializado como religião oficial do Império, não sofreu mais investidos dos imperadores poderiam construir templos e adorar a Deus neles, mas por outro lado com o passar dos anos aconteceu o declínio em relação aqueles primeiros cristãos que deram suas vidas, mas não se dobravam para adorar outros deuses. O Cristianismo se tornou popular pós agora ser cristão nessa época era ter status o que ocasionou mais tarde ao abandonar das práticas antigas e houve uma mistura na adoração com outros deuses da religião romana.
Fica claro que na época de Jesus os romanos estiveram presentes nesse período e que de certa forma marcaram o cenário do mundo por décadas, levando sua cultura, religião e pensamentos, e a forma como se organizavam e também suas conquistas. Mas acabaram ficando marcados como aqueles que perseguiram e mataram os seguidores do esperado messias, e que até na atualidade presente sua vida e ensinamentos são observados e admirados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BLOMBERG, Craig.L. Jesus e os Evangelhos; uma introdução ao estudo dos 4 evangelhos. Trad. Sueli da Silva Saraiva ed. Vida Nova. São Paulo, 2002.
CESARÉIA, Eusébio de. História eclesiástica. Trad. Wolfgang Fischer. ed. Novo Século. São Paulo, 2002.
FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. ed. Contexto. São Paulo, 2011.
GEISLER, Norman. Teologia Sistemática. Trad. Marcelo Gonçalves e Luís Aron de Macedo ed. CPAD. Rio de janeiro, 2010.
GRONINGEN, Gerard Van. Revelação messiânica no antigo testamento; a origem divina do conceito messiânico e seu desdobramento progressivo. Trad. Cláudio Wagner; 2° edição. ed. Cultura Cristã. São Paulo, 2003.
JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus; de Abraão à queda de Jerusalém. Trad. Vicente pedroso. ed. CPAD. Rio de Janeiro, 2004.
LYMAN, Jesse Hurbut. História da igreja cristã. ed. Vida. São Paulo, 2002.
KNIGHT, A e Anglin, W. História do Cristianismo; Dos apóstolos do Senhor Jesus ao século XX. Trad. Casa publicadora das assembleias de Deus, 13° edição. ed. CPAD. Rio de Janeiro, 2005.
NVI, Bíblia de estudo. Nova versão internacional. ed. Vida. São Paulo, 2003.
SCOTT, Benjamin. As catacumbas de Roma. Trad. Jose Luiz Fernandes Braga Júnior, 4° edição. ed. CPAD, Rio de Janeiro, 1996.


[1] Artigo apresentado à disciplina de história antiga do curso de História da UFMA-Universidade Federal do Maranhão.
² Autor-Carlos Andre Costa, universitário, blogueiro escritor, estudante de História,Direito,Teologia bíblica e das Religiões.
³. Prof. Rafael Aguiar dos Santos
[2] “ Agostinho (354-430), Na sua obra The City of God (A Cidade de Deus), Agostinho utilizou a expressão “Sacras Escrituras” (9.5), “as palavras de Deus” (10.1),” Infalíveis Escrituras” (11.6), “revelação divina”(13.2, e Sagrada escritura”(15.8) Em outros lugares, ele se referiu à Bíblia como sendo “ os oráculos de Deus”, a “ Palavra de Deus”, os oráculos divinos”, e a “Escritura Divina”.Norman Geisler (A inerrância da Bíblia) Teologia Sistemática.Agostinho acrescentou: “Aprendir a render respeito e honra somente aos livros canônico das Sagradas Escrituras: somente destes acredito firmemente que os autores estavam completamente livres de erro” (L 82.1.3). Na mesma linha de Agostinho segue Tomás de Aquino (1225-1274)”.
[3] Flávio Josefo (37-103 d.C ), foi um soldado,escritor e historiador judeu , Filiou-se logo cedo no grupo dos fariseus ;sua obra história dos hebreus relata a trajetória de um povo escolhido por Deus , de Abraão à queda de Jerusalém.Depois da bíblia é maior fonte de informações sobre os impérios da antiguidade, o povo judeu e o império romano. Filho de sacerdote, falava o latim a língua do império e também o grego. Em 66 d.c irrompeu uma revolta dos judeus contra os romanos, recebeu cidadania romana, e recebia pensão do Estado, recebeu o nome romano de Flávio quando derrotado na guerra.
[4] Isaías, filho de Amoz é o maior dos profetas que deixaram documentos escritos. Seu nome significa “o Senhor salva”. Era da época de Amós de Oséias e de Miquéias, iniciou em 740 a.C .
[5]Gerad Van Groningen, o termo Messias, a raiz do substantivo masîah é o verbo masãh, que tem geralmente o sentido de “ungir. Kohler e Baumagatner indicam que tanto o ugarítico msh quando o acádio masã u também dá a idéia de esfregar com a mão” (kob, p.573). R.Anuron é mais específico : Significa ungir com o dedo”, e cita Êxodo 19, 12,3. A idéia de ungiré alisar com a mão, que no árabe é igual.O verbo grego chrío, usado na Septuaginta e no próprio novo Testamento (Lucas 4.18).
[6] Tibério passou a ter autoridade nas províncias em 11 d.c, Pilatos governava a Judéia, Samaria e induméia.
[7] O livro de Apocalipse foi escrito quando os cristãos estavam entrando num período de perseguição, parte posterior ao reinado de Nero (54-68 d.c) e a última parte do reinado de Domiciano (81-96) a maioria dos estudiosos datam o livro 95 d.C. João escreve para encorajar os fiéis a resistir com firmeza as exigências de adoração ao imperador.
[8] O sacrilégio terrível dizia respeito a 168 a.c, quando Antioco Epifânio erigiu um altar pagão dedicado a Zeus no altar sagrado do templo de Jerusalém. Os montes. As montanhas da Transjordânia, onde estava localizada Pella. Os cristãos em Jerusalém fugiram para aquela área durante o cerco romano, pouco antes de 70 D.C.
Mt24. 2,Pedra sobre pedra.Cumprido literalmente em 70 d.c, os romanos comandados por Tito destroem completamente Jerusalém e os edifícios dos templos.Escavações em 1968 descobriram grandes quantidades dessas pedras, derrubadas do muro pelos invasores.
As catacumbas de Roma eram sepulturas da antiguidade onde milhares de cristãos foram enterrados durante as perseguições dos imperadores romanos. Benjamin Scott afirma que 70 mil inscrições foram exploradas e catalogadas, sendo que existiam cerca de quatro milhões de sepulturas em mais de 800 quilômetros de galerias subterrâneas.
A.J O`Reilly visitou o Coliseu, em fevereiro de 1874 em uma festa de São Inácio para os católicos sendo que ele era cristão, esse Inácio foi devorado pelos leões em 1767anos antes,foi lançado as feras na arena do Coliseu de Roma e ficou conhecido como mártir.